Por Kleber Karpov
No último dia 11, os servidores do Centro de Atendimento Psicossocial de Ceilândia (CAPS-AD) de Ceilândia acionaram a diretoria do Sindate para reclamar das condições precárias em que são obrigados a trabalhar. Isso porque a unidade atende pessoas com transtornos mentais e dependentes químicos que em diversas ocasiões são agressivos com os trabalhadores.
Os servidores reclamam que em muitos casos atendem pacientes agressivos e frequentemente sofrem agressões verbais. Além da insegurança, a falta de policiamento ou apoio de seguranças; de equipes de saúde para fazer atendimento e até de equipamentos. Uma servidora que não quis se identificar observa que “se um paciente tiver uma parada respiratória, não tem oxigênio nem qualquer outro medicamento para fazer um procedimento de emergência para reanima-lo”. Ainda segundo os trabalhadores, já relataram o problema aos gestores que ainda não tomaram providências.
Segundo outro servidor que também não quis se identificar, com medo de retaliações, “Já houve caso de profissional médico internar paciente com história de crime que ao saber que a médica havia informado à polícia onde teria uma ‘boca de fumo’ (sic), ligou para seus comparsas. Eles ameaçaram a médica de morte. Com isso a médica pediu remoção e entrou de atestado médico.”, narra alertando para o risco que correm durante o atendimento.
O CAPS-AD de Ceilândia, funciona na QNN 1 conjunto A lotes 45/47, daquela cidade um espaço com 1.200 metros desde abril de 2013, atende de Segunda à Sexta-feira de 8 às 18 horas. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) de 2013, cerca de 400 pacientes são atendidos naquela unidade, com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e de outras drogas. Ainda segundo a SES, a equipe do CAPS de Ceilândia é composta por terapeuta ocupacional, psicólogo, enfermeiro, assistente social, técnicos de enfermagem e administrativos, psiquiatra e médico clínico.
No entanto ao chegar no CAPS-AD, por volta das 21 horas, o vice-presidente do Sindate, Jorge Vianna encontrou um cenário bem diferente. De acordo com Vianna, apenas três técnicos em enfermagem e um enfermeiro estavam na unidade naquela ocasião.
Vianna observa que: “A Secretaria de Saúde tem ciência de que o CAPS recebem não só pessoas com transtornos mentais, mas também dependentes de álcool e de drogas”, afirma preocupado com a segurança dos servidores, “além dos pacientes que solicitam tratamento essa unidade recebe inclusive pessoas que são encaminhadas, por exemplo, pela Secretarias de Justiça para fazer tratamento, então tem que haver segurança para os trabalhadores.”, complementa.
Estamos de olho! Sindate-DF. Mudando a História!