Na tarde de ontem (08/07), o Sindate convocou uma manifestação em frente a Secretária de Estado de Saúde (SES-DF), na manhã da segunda-feira (09/07), para solucionar os problemas causados após a remoção compulsória e inesperada dos servidores do Instituto Hospital de Base (IHBDF) para outras unidades de saúde.
Ainda na quinta-feira (05/06), data de divulgação da lista de remoção, a diretora do Sindate, Josiane Jacob, esteve na SUGEP para tentar resolver a questão, que pegou todos de surpresa. Sem sucesso, o sindicato impetrou junto ao judiciário, um mandato de segurança para anular o ato covarde e impensado do atual governo, no qual a decisão deve sair entre os dias 10 e 11 de julho.
Na manhã de hoje (09/07), os diretores do Sindate se reuniram com auxiliares e técnicos em enfermagem insatisfeitos com as remoções, em frente a SES e decidiram que todos entrariam na instituição para serem ouvidos pelo secretário de saúde, gritaram juntos palavras de ordem como: respeitem os servidores; a casa é nossa; justiça; respeitem a enfermagem.
Após alguns minutos de manifestação em frente ao gabinete do secretário de saúde, ficou decido que seis pessoas poderiam entrar para se reunirem com o chefe de gabinete da SES, Marcelo Nicolau e com o responsável pela SUGEP, Jean Paul. Os seis representantes foram o presidente do Sindate, João Cardoso, os diretores Newton Batista e Elza Aparecida Reis e três técnicas em enfermagem, representando a categoria.
Marcelo Nicolau se comprometeu também a apurar todas as denúncias apresentadas pelas servidoras presentes na reunião, uma vez que é papel da SES a fiscalização. A principal preocupação é com a falta de profissionais em determinados setores do IHBDF, causando inclusive o fechamento de algumas especialidades ou a realocação de especialistas para áreas as quais não têm experiência.
“Pessoas saindo do centro cirúrgico, acostumadas a instrumentar, estão sendo obrigadas a trabalhar no pronto-socorro, onde não conhecem a rotina e não estão habituadas a alguns procedimentos. Esse ato arbitrário e unilateral é uma desvalorização da vida” pontou com revolta a diretora Elza, também servidora do IHBDF.
A maior revolta do sindicato é não ter sido ouvido durante esse processo, como determina a Lei 840. “O Sindate participou de várias reuniões até a consolidação do Instituto, ouviu do próprio secretário que os servidores seriam respeitados em suas escolhas em permanecer ou não na unidade, mas o que vimos foi um processo arquitetado de forma covarde, tratando as pessoas como matriculas e não como humanos” lamentou o diretor Batista.
O Sindate espera que os auxiliares e técnicos em enfermagem compareçam à sede do sindicato até a próxima quarta-feira (11/06) às 12h, para preencher o documento que será entregue a SES e SUGEP, na tentativa de realocar os servidores para próximo das suas residências, uma vez que já removidos do IHBDF, não poderão mais retornar, apenas se a liminar do mandado de segurança for favorável.
Ascom Sindate-DF

