Por Marília Marques e Rita Yoshimine
Pacientes que utilizam a rede pública de saúde do Distrito Federal reclamam da falta de reagentes para realizar o exame de sangue conhecido como PSA, que ajuda a detectar o câncer de próstata. O problema, segundo os usuários, persiste há pelo menos um ano e se intensificou neste mês. Em todo o país, a campanha “Novembro Azul” promove a conscientização sobre os riscos da doença.
O servidor público Wagner Clifford disse à TV Globo que tentou realizar o exame PSA no mês de agosto, mas foi informado que o reagente está “em falta há um ano”. O aposentado Miguel Lima, de 69 anos, também não conseguiu realizar o exame em hospitais da rede pública. O morador do Gama conta que para ser examinado no passado, precisou “pagar do próprio bolso”.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a compra do reagente para fazer o exame de PSA está “em andamento”. A pasta disse ainda que a previsão é que a substância esteja disponível na rede pública na próxima semana e que, enquanto isso, o paciente pode passar pelo exame clínico e fazer exames de imagem, como a ecografia de próstata.
“A Saúde esclarece que o PSA não é o único exame para prevenção da doença, existem também o exame clínico, feito em consultório por urologista, e exames de imagem oferecidos pela rede como, por exemplo, a ecografia de próstata.”
O médico urologista Rafael Rocha, diz que os exames de toque e de sangue são “fundamentais e complementares”, no entanto, destaca a importância de cada método para auxiliar no diagnóstico da doença.
O especialista alerta, ainda, que um em cada seis homens desenvolve o câncer de próstata ao longo da vida e, por isso, lembra que a prevenção deve ser feita a partir dos 45 anos.
Saúde no DF
Atualmente, 1,7 mil pacientes fazem tratamento contra o câncer de próstata no DF. Segundo a Saúde, em 2016 foram realizados 2 mil procedimentos de rádio e quimioterapia. De acordo com especialistas, a doença atinge 5% do público masculino.
O atendimento em urologia ocorre nos hospitais de Base, Asa Norte, Sobradinho, Taguatinga, Ceilândia, Gama, Santa Maria e Região Leste (antigo Paranoá). A fila atual para cirurgia é de 50 pacientes, segundo a Secretaria de Saúde.
Fonte: G1

