Diante de uma galeria lotada, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, tentou justificar mudanças feitas pela pasta
Servidores da Secretaria de Saúde usaram a galeria da Câmara Legislativa, nesta quinta-feira (9/3) para protestar contra mudanças na atenção primária e a supressão de direitos, como a alteração nas gratificações por titulações.
Sindicalistas e trabalhadores pediram a revogação das portarias que tratam do assunto – entre elas, a 77, a 78 e a 94 – e alegaram déficit de servidores e estrutura inadequada para implementar o modelo de Saúde da Família proposto pelo governo. Presente à reunião, o secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena, garantiu haver recursos humanos suficientes para atender 75% dos usuários.
“Como aumentar a cobertura de 32% para 75% com menos de mil agentes de saúde cadastrados?”, questionou o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate), Jorge Viana. E completou: “O governador prometeu contratar mais 2 mil agentes e não cumpriu, não sei como vai fazer esse milagre agora”.
Denúncias
Durante a comissão geral, Jorge Viana denunciou irregularidade no repasse de recursos do governo federal para o GDF. Segundo ele, o DF recebe recursos para contratar agentes de saúde comunitária para jornadas de 40h por semana; contudo, as contratações feitas são de 20h. “Isso é apropriação indébita, é crime”, disse a deputada Celina Leão (PPS), que solicitou o encaminhamento das informações para fiscalização.
Outra denúncia feita por representantes dos servidores foi supostos assédio moral e ameaças contra os trabalhadores, visando a impedir a participação e a manifestação no debate na tarde desta quinta.
Com informações da Agência Câmara Legislativa
Fonte: Metrópoles