Por Leandro Montes
Em reunião realizada na sede do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc), dirigentes e representantes de entidades sindicais (Sindate-DF, Sindsasc, Sindenfermeiros, Sindetran, Sinasefe, Sindecom, STIU, Sintracoop, SODF, Sintralav e Bancários), discutiram, nesta segunda-feira (11) a Reforma da Previdência Social (PEC 06/2019).
De iniciativa do Sindsasc, advogados do sindicato, técnicos do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), esclareceram dúvidas e elencaram as principais propostas de mudanças na Previdência, que se aprovada no Congresso Nacional, pretende aumentar a idade mínima da aposentadoria e alterar o regime de financiamento, em que empregados poderão escolher se vão contribuir pelo atual regime de Previdência — de repartição, em que as trabalhadores na ativa sustentam o benefício dos aposentados — ou por um novo modelo de capitalização, no qual cada trabalhador faz sua própria poupança.
A diretora de assuntos jurídicos do Sindate-DF, Elza Aparecida, criticou a PEC e reforçou a necessidade de um amplo debate na sociedade, buscando a união do movimento sindical em torno da matéria, como também sugeriu uma mobilização com o objetivo de informar a população sobre as principais mudanças que prevê a Reforma da Previdência, através de todos os meios de comunicação.
Os dirigentes sindicais também criticaram o modelo de capitalização e outros pontos da reforma propostos pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e lembraram que esse modelo foi o fator do fracasso da reforma previdenciária no Chile, quando Guedes participou no assessoramento do ditador Augusto Pinochet, que instituiu o sistema de capitalização e hoje grande parte dos aposentados sobrevivem com aposentadorias que não chegam à metade do valor do salário mínimo daquele país.
Mobilização
Na reunião, foi decidido que as entidades produzirão vídeos explicativos contra a PEC-06 e os sindicatos e centrais que não estiveram presentes, serão procurados a fim de que seja construída uma unidade em defesa da aposentadoria. Uma nova reunião está marcada para a próxima sexta-feira (15), às 17h, no Sindicato dos Enfermeiros.
Também foi decidida a participação dos sindicatos no ato público no Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Previdência, que acontece no dia 22 de março, em alguns estados, convocado pelas centrais. Além das mobilizações, os sindicalistas decidiram aumentar a pressão junto aos parlamentares no Congresso Nacional para que votem contra a reforma.

