Na última semana, a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), divulgou a Portaria 501/2018 que restringe a alimentação em todos os hospitais de Brasília. Profissionais que trabalham 12 horas ininterruptas terão direito a apenas uma refeição neste período, enquanto pessoas que acompanham os pacientes terão direito a alimentação, apenas se permanecerem 24 horas no hospital.
A medida irresponsável e desumana do governador Rodrigo Rollemberg revoltou não só os funcionários, mas também toda a população. Na tentativa de buscar soluções para derrubar a portaria, o diretor do Sindate-DF, Newton Bastista, esteve, na tarde desta quarta-feira (13/06), com os deputados Wasny de Roure (PT) e Wellington Luiz (MDB).
Em Sessão Ordinária na Câmara Legislativa, o deputado Wellington Luiz, revoltado com a situação, fez questão de afirmar que se o Secretário de Saúde tivesse vergonha, jamais adotaria uma medida dessas. “Nós devemos desculpas aos servidores! Já não há profissionais suficientes, já não há salários dignos, já não se honram os compromissos. É uma ofensa permitir que o trabalhador, que serve a população, não tenha direito a comer” indagou o parlamentar.
É sabido por todos que os servidores não podem se ausentar dos plantões e além de não fornecer alimentação digna e completa, não haverá mais a venda de comida dentro dos hospitais, o que causa ainda mais transtornos aos profissionais, que agora terão apenas um “lanche”, a ceia.
O diretor Newton Batista, após conversa com servidores, soube que quando não há sopa suficiente para todos, é servido apenas um iogurte. “É totalmente inaceitável que um plantonista se alimente apenas de um iogurte. Um trabalhador que presta um atendimento à população, passar 12 horas sem um jantar e café da manhã reforçados, que são um mínimo para subsistência humana, é revoltante” afirmou.
O Sindate, juntamente com os deputados, encaminharão à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal um pedido de revogação urgente desta portaria, que fere os direitos básicos do cidadão e pode prejudicar de forma inimaginável o atendimento nos hospitais do DF.
Ascom Sindate-DF

