Foto: Carlos Prado

Após a solicitação da direção do Sindate ao presidente do Conselho de Saúde do Distrito Federal, Helvécio Ferreira, para convocar os membros da Mesa Permanente de Negociação do SUS, e tratar dos assuntos relacionados ao SAMU e o Complexo Regulador, na manhã desta quarta-feira (04/10), a reunião ocorreu, diversos pontos foram colocados em discussão, e alguns encaminhamentos realizados.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) já foi considerado um serviço de excelência no Distrito Federal, no entanto, ultimamente, os servidores que atuam no Samu tem encontrado algumas deficiências estruturais, o que tem dificultado a boa e eficiente assistência aos usuários. Esse fato preocupou a direção do Sindate, que foi procurada pelos auxiliares e técnicos em enfermagem que prestam serviço no SAMU, que solicitaram, desta entidade, que intermediasse por eles junto à Secretaria de Estado de Saúde (SES-DF).

Em reunião da Mesa de Negociação do SUS, canal de diálogo direto entre os representantes dos trabalhadores e a Gestão, o diretor do Sindate, Newton Batista, expôs aos gestores presentes a situação encontrada nas ambulâncias e nas bases do Samu, que vai desde o sucateamento dos veículos à falta de materiais básicos necessários para se manter um atendimento de urgência e emergência, e solicitou uma explicação da SES-DF relacionado ao exposto.

A Assessora de Gestão Participativa e Relações Institucionais, Danielle Soares explicou que a frota do SAMU está há 10 anos sem ser renovada. “Nós temos 65 ambulâncias no Samu, e dessas apenas 38 estão no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), ou seja, somente 38 podem rodar. Dessas 65, somente 5 são de 2015. Nós já fizemos a contratação, e o processo de compra já foi assinado, a empresa terá 90 dias para entregar as ambulâncias, assim serão 19 das 38 ambulâncias novas no pátio”, afirma Soares.

Ainda segundo a assessora, o GDF assumiu um contrato de manutenção com a empresa de veículos Único, no qual o Secretário de Saúde, Humberto Fonseca já fez um encaminhamento para a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) colocando o Samu como prioridade nessa manutenção.

Quanto aos materiais básicos em falta, que foram identificados pelo Sindate, a representante da gestão pediu que o sindicato formalizasse um documento elencando os materiais que estão em falta nas ambulâncias, para que fosse analisado pela SES-DF, e solicitou ao presidente do Conselho de Saúde que todas as propostas para o investimento, assim como, todos os processos parados referentes ao Samu fossem discutidos na próxima reunião ordinária do Conselho de Saúde do DF, juntamente com a Comissão da Rede de Urgência e Emergência (RUE).

O presidente do Sindate, João Cardoso, acredita que com a união das entidades e dos conselhos profissionais que fazem parte do CSDF, essa situação pode ser resolvida. “O que nós queremos é iniciar um processo de resolução de problemas, não adianta só discutir e não partir para a ação, nós iremos encabeçar esse movimento para que de fato seja resolvido, ou que se inicie um processo de mudança positiva para o Samu”, declara Cardoso.

Por Evely Leão