Foto: Elielton Lopes/G1

Categorias aguardam desde 2013 incorporação de benefício ao salário.
Governo diz não ter condições financeiras de arcar com repasse.

Técnicos de enfermagem protestaram na manhã desta quarta-feira (16) em frente ao anexo do Palácio do Buriti contra a não incorporação ao salário de uma gratificação negociada na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz, em 2013. Segundo o governo, apesar de a reivindicação não dizer respeito a salários, e sim a benefícios, a pauta foi analisada em conjunto com os reajustes prometidos a outras categorias. Esses pagamentos foram suspensos em 2015 e 2016, frente à crise financeira, e não têm previsão de retomada.

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A categoria está em greve desde 24 de outubro e decidiu manter a paralisação mesmo após determinação judicial para a retomada do trabalho. A concentração dos profissionais ocorreu às 9h30 na Câmara Legislativa. De lá, o grupo saiu em marcha até o Buriti. De acordo com o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem, o percentual médio da readequação varia de 2% a 5%. O salário médio dos profissionais é de R$ 2.200.

Os manifestantes carregavam faixas pedindo a readequação dos salários e a reabertura de unidades de atendimento, como a pediatria do Hospital Regional do Gama, fechada recentemente por falta de pessoal. O ato reuniu cerca de 500 pessoas, de acordo com a organização. A Polícia Militar estimou a presença de 200. “Nós queremos que o governador compra a lei”, disse o presidente do sindicato, João Cardoso.

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A greve também é promovida por auxiliares em outras áreas da saúde e afetou o atendimento nas unidades de emergência, como no Samu e em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O funcionamento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) foi mantido. Juntos, eles representam 15 mil profissionais. No total, a secretaria tem 33 mil.
A paralisação atinge a preparação de pacientes para cirurgias, marcação de consultas e serviços ambulatoriais. O sindicato diz respeitar a manutenção de 30% do efetivo em atividade.

Fonte: G1