Foto: Carlos Prado

Na manhã desta terça-feira (17), a direção do Sindate participou da solenidade em homenagem à enfermagem realizada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Na ocasião, o vice-presidente Jorge Viana parabenizou a Aben pelo tema da 77ª Semana Brasileira de Enfermagem e aproveitou a oportunidade para criticar a involução da enfermagem no que se refere a política a da enfermagem.

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“A enfermagem é um gigante de pés de barro, nós somos grandes, nós somos fortes, mas falta liderança, nós não temos vontade, de fato de mudar. Existem projetos que estão no congresso há anos, e não passam. E não passa por quê? A culpa também é nossa. A enfermagem continua sendo subjugada porque nós ainda não conseguimos resolver problema”, reflete Viana.

 

No mesmo dia, a direção do Sindate, junto com estudantes, outros sindicatos, Conselhos e Associações ligadas à categoria de enfermagem, lotaram o auditório da Câmara legislativa (CLDF) em mais um evento realizado com o objetivo de homenagear os profissionais, que representam a base do Sistema Único de Saúde (SUS). O Sindate-DF foi convidado para compor a mesa de cerimônia e os diretores também foram homenageados na ocasião.

Como de costume, na semana da enfermagem, a sessão presidida pela deputada Celina Leão e o deputado Bispo Renato de Andrade, foi iniciada com diversos elogios à categoria, reforçando a necessidade de manter os profissionais unidos e atentos às Políticas Públicas voltadas para a profissão, principalmente em um momento de ameaça à existência do SUS.

“A homenagem é muito importante, mas eu gostaria de falar aos deputados aqui presentes, que nós queremos ir para as conquistas. No setor privado, são 44 horas semanais com um salário de 982 reais, as pessoas dormem no chão, ou em cadeiras, precisamos ter uma lei do descanso no DF, já temos no Rio de Janeiro. Façam uma lei de descanso, queremos também um salário digno e educação”, exclama o Presidente do Sindate-DF João Cardoso.

Outro ponto muito criticado foram as faculdades e cursos de ensino à distância (EAD), segundo relato da doutora Heloísa Sales do Conselho Federal de Enfermagem, são constatadas diversas precariedades como a ausência de laboratório, biblioteca, carga horária mínima de estágio e aulas práticas que representam apenas 8% da carga horária total dos cursos.

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Outros representantes de órgãos ligados à enfermagem também discursaram homenageando os trabalhadores e os futuros profissionais da área. No período da tarde, houve um momento voltado apenas para palestras, no qual o sindicalista, Jorge Viana foi convidado para ter um momento com os estudantes. Na ocasião, Viana fez uma indagação aos alunos perguntando se tinha alguém que conhecia o PL das 30 horas semanais, ninguém se manifestou. Foi então que o palestrante informou aos alunos que se tratava do PL 2295/2000 e pediu aos alunos que ficassem mais atentos aos projetos ligados à enfermagem, pois também faz parte da profissão.

Por Ana Comarú e Evely Leão