Após 30 dias de greve e mais uma noite de acampamento em frente à Secretaria de Saúde, os auxiliares e técnicos em enfermagem votaram e decidiram em assembleia suspender a greve, na manhã desta quinta-feira (05). Os profissionais retornam às atividades a partir desta sexta-feira (06).
A decisão foi tomada após o governo ter enviado a proposta às 11h da manhã, contendo itens que ainda não havia proposto para o SINDATE de forma específica. Entre as demandas do acordo estão a criação do Plano de Carreira da categoria, criação de um novo calendário para implementação da jornada de trabalho, por meio de um Grupo de Trabalho (GT) que inicia até o dia 16 de novembro.
Em relação à incorporação da Gratificação Auxiliar Técnico-Administrativa (GATA), o governo propôs implementar somente em outubro de 2016. Ainda assim o sindicato irá junto com o grupo de trabalho tentar negociar uma melhor data.
Esse GT será composto por membros do governo e do sindicato/categoria, no qual os profissionais poderão acompanhar e cobrar que as propostas sejam colocadas em prática. Caso esse grupo não cumpra o que ficou estabelecido, em 45 dias, o sindicato convocará assembleia para retornar ao movimento paredista.
Na ocasião, categoria aproveitou e escolheu os representantes que farão parte do grupo de trabalho. Para Ademar Alves, técnico em enfermagem na Regional de Planaltina e contador, foi uma honra ter sido escolhido pelos colegas. “Será uma responsabilidade muito grande e farei o possível para trabalhar com clareza e cobrar o que é nosso por direito”, conta.
Para o vice-presidente do Sindate Jorge Viana, “A sensação de um movimento grevista quando você entra na greve e, de repente você não consegue conquistar tudo aquilo que você deseja, dá um pouco de sentimento de perda, de insucesso. Mas fazendo uma avaliação bem transparente, bem responsável a gente viu que a proposta, ainda que não tenha impacto financeiro nesse momento, é uma proposta que irá mudar nossas carreiras para o resto da vida”, declara.
Ainda segundo Viana, fazendo um balanço geral, “A gente saiu muito mais fortalecido e a categoria acreditando mais no sindicato. Esse foi nosso primeiro movimento forte com adesão quase que 100% dos profissionais, mesmo aqueles que não estavam fazendo greve, mas estavam torcendo para que desse certo, porque esse é o espírito de luta, de companheirismo e de que a enfermagem nunca mais vai se calar diante de qualquer problema. O sindicato está aqui pra isso”, afirma.
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Por Evely Leão
