Na última terça-feira (11/04), dois profissionais, auxiliares e técnicos em enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade no atendimento do SUS, sofreram um acidente após terem recebido um chamado de atendimento.
Os profissionais que se acidentaram são integrantes da frota de motolância da Rede SAMU. Em conversa com um dos servidores, este contou que haviam recebido um chamado para dar os primeiros socorros a um acidente que havia acontecido na estrada próximo ao Caub, e foram pegos de surpresa quando um motorista atravessou a pista colidindo com um caminhão, o qual acabou atravessando para pista contrária.
“Foi uma situação muito de surpresa e graças ao treinamento pelo qual a gente teve e continua tendo no nosso grupo, conseguimos evitar um prejuízo físico maior, mas o susto foi grande”, conta o motociclista do Samu.
Falta de valorização
Essa é mais uma prova de como os profissionais da saúde não medem esforços para salvar vidas, se doam, dão a sua vida para ajudar o próximo, e dizemos isso sem exageros. Será que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-DF) irá dar assistência a esses servidores?
Segundo o vice-presidente do Sindate, Jorge Viana, esse é o prêmio que o servidor da saúde e do Samu ganham, por fazer o seu trabalho, além das fraturas e lesões, claro. O servidor não quer ser melhor do que ninguém, quer apenas valorização profissional.
“O servidor fica afastado, sem gratificações, sem poder fazer hora extra, fica se humilhando para conseguir consultas e fisioterapia com especialistas. Sinto uma verdadeira tristeza, vergonha e revolta, enquanto servidor da saúde e do Samu, também desvalorizado”, expõe Viana.
Os dois motociclistas passam bem, tiveram algumas fraturas e lesões, mas não aconteceu o pior.
Por Evely Leão