Por Camilla Nunes

Os novos casos da Covid-19 têm crescido diariamente, além disso também há a variante Ômicron e o surto de Influenza que tem infectado milhares de pessoas em todo o país. O aumento desses casos tem superlotado os hospitais e levado os profissionais de saúde ao esgotamento físico e mental. 

De acordo com o jornal Metrópoles, cerca de 81% dos leitos de UTI do Distrito Federal estão ocupados por conta do aumento do número de casos. Na última sexta-feira (14/01) o governador em exercício, Paco Britto, ordenou que fossem abertos mais leitos de tratamento para atender a população. 

Esse dado reflete como os hospitais, UBS’s e UPA’s do DF estão no atual momento. Além das centenas de pessoas doentes, os profissionais da saúde também estão sentindo o reflexo desse aumento. Por estarem todos os dias na linha de frente, muitos enfermeiros, médicos e técnicos em enfermagem foram infectados com o vírus e precisaram ser afastados do trabalho.

Ao longo desses dois anos de pandemia, outros problemas também foram surgindo, entre eles o aumento do esforço físico e da pressão pelo momento complicado que o país está vivendo. Tudo isso acabou provocando o esgotamento mental em muitos profissionais da saúde que estão lidando de frente com os reflexos da Covid-19. 

Diariamente, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF) recebe relatos e denúncias de profissionais que estão sobrecarregados com a rotina extensa dos prontos-socorros lotados, e que também estão sofrendo agressões e desrespeitos vindos de pacientes irritados.  

A verdade é que o profissional da saúde está exausto, há dois anos médicos, enfermeiros, e sobretudo os técnicos em enfermagem estão dando tudo de si, chegando a abdicar os seus momentos de lazer e de estarem com as suas famílias para prestar a população o melhor atendimento neste período tão complicado. 

Esse esforço gigantesco tem trazido consequências, muitos deles estão ficando doentes emocionalmente e fisicamente devido a sobrecarga de trabalho. 

Segundo o diretor do Sindate, Newton Batista, o desgaste emocional e físico é visível, tendo em vista que em muitos casos os profissionais estão sendo afastados por estarem em seu limite.“A gente está vivendo um momento em que estamos cansados e adoecendo. É necessário que cuidemos de quem cuida, os profissionais da saúde não são máquinas e merecem respeito”, pontuou. 

É válido frisar que os técnicos em enfermagem não estão desamparados, os diretores do sindicato buscam averiguar todas as denúncias para garantir que esses profissionais  possam trabalhar com dignidade.