Por Leandro Montes
Líderes de centrais sindicais se reuniram na manhã desta segunda-feira (11) com o candidato à presidência da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), para discutir a agenda de prioridades das entidades para 2021.
Durante o encontro, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT-DF) e diretor do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF, Newton Batista, cobrou do parlamentar a aprovação urgente de matérias que asseguram direitos aos profissionais de enfermagem, com a análise emergencial de Projetos de Lei que tramitam na Casa há mais de dez anos e precisam sair do papel.
Batista apontou os projetos que instituem o piso salarial dos auxiliares e técnicos em enfermagem, a regulamentação da jornada de 30 horas e a indenização a profissionais de saúde vitimados pela Covid-19. “Diante da pandemia que o país atravessa, os profissionais esperam ser ouvidos e atendidos pela classe política, para que seja garantida condições adequadas de salvar vidas”, pontuou. O diretor destacou a necessidade da implementação de medidas para geração de emprego e renda e citou como exemplo o incentivo para produção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os trabalhadores da Saúde na indústria brasileira, como uma forma de empregabilidade.
Pauta de centrais sindicais
Ainda durante o encontro, representantes do Fórum das Centrais, que reúne CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB, apresentaram ao líder do Progressistas os principais eixos estratégicos para atuação, negociação e mobilização da pauta de reivindicações. O estabelecimento de uma ampla campanha de vacinação sob coordenação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a manutenção do auxílio emergencial foram alguns dos destaques que estiveram no centro do debate.
O documento entregue pelas entidades intitulado como “Vacina, proteção e mais empregos: diretrizes para a ação sindical unitária”, escrito após a primeira reunião do Fórum, entre os presidentes da UGT, da Força Sindical, da CUT, da Nova Central, da Central dos Sindicatos Brasileiros e da Central dos Trabalhadores Brasileiros, na última terça-feira (5), apresenta uma lista da agenda prioritária para o Congresso Nacional.
No texto, as centrais destacam que o fim do auxílio emergencial e da proteção dos salários e dos empregos “será dramático para milhões de trabalhadores e suas famílias, com o aumento da pobreza e da miséria”.
Os líderes também requisitaram, durante reunião com os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Marcelo Ramos (PL-AM), medidas para geração de empregos, a continuidade de campanhas de solidariedade, o fortalecimento e a recuperação da organização sindical.
As entidades também pediram a reversão do teto de gastos, que limita os gastos com despesas públicas, flexibilizando-o por meio de orçamento de guerra enquanto durar a pandemia, com a criação de regras orçamentárias. Com o fim do decreto de calamidade pública em 31 de dezembro, o Brasil é novamente obrigado a respeitar a regra fiscal.
Articulação
O objetivo das centrais é apresentar as propostas a todos os candidatos à presidência da Câmara e do Senado e também ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A agenda também será debatida com prefeitos recém-empossados, com governadores, empresários e com movimentos sociais e entidades da sociedade civil.