O diretor presidente do Serviço Social Autônomo (SSA), Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), Francisco Araújo tirou dúvidas de deputados na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na manhã dessa quinta-feira (15). A reunião ocorreu a pedido dos presidentes da CLDF, Rafael Prudente (MDB), e da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC), Jorge Vianna (Podemos), e teve como objetivo esclarecer sobre o modelo de gestão dos hospitais de Base do DF (HBDF), Regional de Santa Maria (HRSM), além das seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF.
Durante a entrevista, Vianna questionou a suposta economia anunciada pelo antigo Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF), recém convertido em IGESDF, em relação aos pagamentos realizados. Isso porque o Instituto anuncia redução de custo na aquisição de medicamentos e insumos, porém, utiliza, por referência, reduções tímidas aos preços pagos pela Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) que, por sua vez, paga por produtos e serviços, em geral com sobrepreço, se comparados os valores praticados pelo mercado.
Vianna também apontou a estranheza de o IHBDF terceirizar o serviço de radiologia e imagem, ao custo de R$ 21 milhões, ou ainda o pagamento de R$ 51 milhões para o fornecimento de refeição hospitalar pela empresa Sanoli. “Gastar R$ 21 milhões com imagem, com esse valor poderíamos montar uma central de radiologia e imagem para atender toda a demanda do DF”, ponderou.
Vianna questionou ainda a metodologia a ser estabelecida pelo IGESDF em relação à política de definição de cargos e salários, além de observar que o Instituto realizou apenas um processo seletivo amplo e, posteriormente, passou a realizar contratações por meio do site de empregos Vagas.com, o que, na opinião do distrital, ‘bagunçou’ o processo de contratações de funcionários celetistas para o HBDF.
O presidente do IGESDF informou que a atual gestão inaugura “um novo momento da Saúde” e informou que os contratos do Instituto devem ser revistos e publicitados no site da entidade. Araújo disse que deve se pautar nas definições salariais, por práticas pelo mercado, para definir os salários para contratação de funcionários do HBDF e demais unidades geridas pelo Instituto.
Na ocasião, Araújo também apresentou aos parlamentares os valores pagos pelo Instituto, relativos a folha de pagamento dos servidores, de janeiro desse ano, inclusive aos gestores do Instituto.
Outros parlamentares questionaram o presidente do IGESDF, porém, como o tempo foi insuficiente em razão da reunião e do horário avançado comprometido, em decorrência da sessão da CLDF, uma reunião técnica deve ser agendada para que Araújo e gestores do IGESDF possam prestar mais esclarecimentos.
Fonte: Site Jorge Vianna

