Mais uma vez a direção do Sindate retornou ao Hospital Home para dar continuidade ao trabalho iniciado em defesa dos 01trabalhadores, que sofrem assédio e ficam calados. Desde a última sexta-feira (24/11) o sindicato continua recebendo denúncias referente ao assédio que os auxiliares e técnicos em enfermagem estão sofrendo dentro do hospital Home pelos enfermeiros, principalmente pela supervisora de internação, Aline.

Na manhã desta terça-feira (28/11), o sindicato foi informado também, que além de tudo que acontece dentro do hospital, como ameaças e perseguição, a empresa também adota outro método, o do constrangimento. Os auxiliares e técnicos em enfermagem são revistados, todos os dias, na entrada e na saída do plantão, entretanto, os médicos não. Confira outro vídeo ao vivo aqui.

Relatos de trabalhadores e ex-funcionários não param de chegar, os profissionais informaram à direção que há câmeras no repouso, e que o repouso do hospital é misto – homens e mulheres de todas as categorias. A direção ficou sabendo, inclusive, que os profissionais estão sendo obrigados pela chefia a não procurar o sindicato e a não divulgar os vídeos e mensagens que o Sindate está fazendo, mostrando como os trabalhadores estão sendo tratados.

Denúncias

Dentre as denúncias recebidas, está a do técnico em enfermagem Judson Souza, 22 anos, que foi demitido do Hospital Home por justa causa após ter sido acusado de roubo por um enfermeiro e não ter sido ouvido, novamente pela chefia.

O trabalhador contou ao Sindate que em abril deste ano, estava no plantão noturno com mais uma colega, sentiu falta do aparelho de Glicemia em seu posto de atendimento, explicou que já estava na hora de fazer a monitoração da glicemia nos pacientes e o aparelho que realiza esse procedimento não se encontrava no seu posto.

Segundo Judson, ele foi ao posto ao lado, pegou o aparelho, fez a monitoração nos pacientes e devolveu. No dia seguinte quando chegou para trabalhar, ele e sua colega foram chamados pela diretora do Hospital e foram demitidos. “Não nos deixaram nem ao menos explicar o que aconteceu, simplesmente fomos retirados do hospital pelos seguranças, na frente de todos os nossos colegas, até minha colega, que não tinha nada a ver com a situação foi mandada embora só por ter estado comigo”, afirma o profissional.

Judson conta que no mesmo dia registrou um boletim de ocorrência e entrou com uma ação contra o hospital. O ex-funcionário trabalhava há 2 anos no hospital e sua colega há 4 anos, e não acharam justo terem sido demitidos sem nem ao menos serem ouvidos.

“Havia câmeras no hospital, elas iam provar que eu não peguei nada, que a única coisa que fiz foi pegar emprestado o aparelho de glicemia do posto ao lado, e devolvi logo que terminei o procedimento. E só fiz isso porque me preocupei com o tratamento dos pacientes, pois já estava dando a hora de realizar o procedimento.  Eu sei que deveria ter tido autorização para pegar emprestado, mas eu esperava que no máximo fosse receber uma advertência, e não ser mandado embora, ainda mais sendo acusado de roubo”, relata.

De acordo com o técnico, ele ficou mais de 2 meses sem conseguir encontrar trabalho. A situação pela qual o Hospital Home o fez passar, sem ao menos tê-lo ouvido, desestabilizou o profissional de todas as formas. Hoje, o trabalhador conta que já está empregado, mas afirma que irá apoiar o Sindate em todas as lutas para que outros colegas não passem pela mesma situação que ele, sem ser ouvido.

Ascom Sindate-DF