Por meio de redes sociais o Secretário de Saúde do Distrito Federal, Humberto Fonseca, fez alguns esclarecimentos quanto ao fato de ter reduzido o parâmetro do número de tripulantes das ambulâncias básicas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), explicando que essa redução era uma exigência do Ministério da Saúde e que isso renderia economia de dinheiro público em tempo de vacas magras.
Antes as equipes eram formadas por três tripulantes, sendo dois técnicos e um condutor, com a redução ficará apenas um técnico e um condutor, o qual o condutor pode fazer tudo, menos perfurar a pele. De acordo com o secretário, existem estudos científicos que demonstram que não há queda na qualidade do atendimento com apenas dois tripulantes, em relação a três.
O que o secretário esquece é que os condutores são os responsáveis pela segurança da equipe, pelo transporte, pelo veículo, pela segurança da cena junto aos demais membros da equipe. O que ele quer dizer com isso é que além do condutor fazer todo esse serviço, ainda terá que atender clinicamente a vítima?
Para o sindicato, essa medida só irá piorar ainda mais o serviço nas unidades do Samu, uma vez que cada profissional tem já tem sua função definida, isso poderia se caracterizar como desvio de função, além da saúde do servidor que ficaria seria prejudicada tendo apenas duas pessoas para realizar o serviço. Essa redução pode até funcionar na teria, porém na prática é bastante diferente.
Essa medida é uma demonstração clara que o secretário de saúde não entende do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no que se refere ao Atendimento pré-hospitalar (APH), e fazer gestão de gabinete definitivamente não é a saída.
Por Evely Leão