Na manhã desta terça-feira (29) o Sindate, em reunião com o Conselho de Saúde do Distrito Federal (CSDF) solicitou a inclusão da pauta emergencial que trata das faltas aplicadas aos servidores que participaram da greve, bem como as paralisações dos dias 07 e 17 de outubro.
Descontos no contracheque
Após a suspensão da greve dos auxiliares e técnicos em enfermagem no dia (18/11), a categoria foi surpreendida com descontos, sem critérios, que ocorrem nos contracheques dos servidores no mês de novembro. Até servidores que estavam de atestados receberam descontos e ficaram sem entender.
Apesar de apenas dois sindicatos da saúde, Sindate e Sintar – Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia – terem aderido à greve, muitos servidores de outras categorias receberam descontos em seus contracheques por causa das paralisações e dos atos unificados, realizados no mês de outubro.
Por esse motivo, o Sindate-DF procurou o Conselho de Saúde do DF para que fosse incluído na pauta do CSDF a discussão da reposição dessas horas de trabalho no período da greve e das paralisações, pois acredita que o conselho, dentre outras atribuições, tem um papel importante na construção de políticas públicas voltadas aos trabalhadores, os quais são representados por diversos sindicatos.
Deliberação do Conselho
Nesta manhã, a inclusão que foi solicitada pelo Sindate foi colocada na pauta da 392ª Reunião Extraordinária do Conselho de Saúde e apresentada pelo presidente do Sindate e membro do segmento dos trabalhadores, conselheiro João Cardoso que pediu apoio do plenário para resolver o problema dos descontos dos servidores e o não corte de ponto.
“O Supremo Tribunal Federal considerou que não poderá haver o corte nos casos em que a greve for provocada por conduta ilegal do órgão público como por exemplo, o atraso no pagamento dos salários, e o governador está agindo na ilegalidade há mais de um ano, por isso eu peço o apoio desse plenário”, declara Cardoso.
Dessa forma, após diversos debates sobre o tema, foi proposto pelos conselheiros e enfim decidido que a mesa diretora do conselho assumisse e fizesse a intermediação entre o segmento dos trabalhadores e o governo, e chamasse os sindicatos para negociar esses dias parados.
Para o vice-presidente do Sindate, Jorge Viana a categoria não irá se furtar em repor os dias não trabalhados. “Por entender que a população não pode ficar prejudicada pela não prestação de serviço nos dias de paralisação e de greve, a categoria está disposta a negociar a forma de reposição, afinal, não tem sentido o governo dispensar essas horas não trabalhadas e pagar horas extras que são mais caras”, afirma Viana.
Por Evely Leão