Esta é a terceira vez que o gestor paralisa o serviço de esterilização foram dez dias em janeiro e sete dias de março
A empresa responsável pela esterilização dos materiais hospitalares de toda a rede da pública do DF, a FBM, interrompeu os serviços prestados desde a segunda (15/08), o motivo é uma dívida de 2,6 milhões que o GDF não paga, desde julho de 2014 ainda na gestão de Agnelo Queiroz, somando até hoje, 17 meses pendentes, contrariando o acordo fechado entre a empresa e a SES-DF no ano passado.
O GDF se comprometeu a realizar os repasses em dia após a assinatura do contrato, porém o prometido não foi cumprido e a Secretaria foi notificada de que caso a dívida não fosse quitada o serviço seria suspenso em 48 horas, a paralisação foi realizada no dia 15.
Em entrevista à rádio CBN, o Vice-Presidente do Sindate-DF Jorge Viana, conversou com a jornalista Laura Tizzo, a respeito da paralisação dos serviços prestados pela empresa. Para ele, os maiores prejudicados são os pacientes, que correm o risco de contaminação por bactérias resistentes, sem a esterilização adequada. Confira o áudio da entrevista abaixo:
Contratação emergencial
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde do DF, informou que abriu um processo de contratação emergencial, com uma nova empresa para realizar a esterilização termo sensível. Enquanto isso a rede conta com insumos em estoque, que segundo a pasta podem ser utilizados enquanto a atividade está suspensa.
O governo informou que não pode mais realizar aditivos com a empresa que paralisou os serviços, uma vez que foi alcançado o limite permitido. Por fim a SES-DF informou que irá quitar os débitos o quanto antes com a empresa, mas não informou a data.
Visão do Sindate
A direção do Sindate tem observado que desde o início do ano o GDF tem lutado para quitar dívidas com diversas empresas, que sem pagamento, paralisa serviços fundamentais para a segurança de pacientes e profissionais. O que aumenta ainda mais a preocupação com a chegada das OSs na atenção primária, que sem pagamento, também não funcionam.
Ainda em agosto deste ano, cirurgias foram adiadas no Hospital Regional do Paranoá, por falta de trajes limpos e esterilizados para os médicos. A empresa que presta serviço de manutenção nas caldeiras não foi paga em dia e suspendeu a atividade, impedindo o uso da lavanderia. Na mesma semana um homem que procurou o hospital do Paranoá com falta de ar e faleceu por não ter conseguido acesso a um equipamento de suporte respiratório.
Por Ana Comarú
Com informações de Rádio CBN e G1