Foto: Alan Marques/Folha Press

Desde segunda-feira (04/07) a UTI do Hospital Regional de Santa Maria, no Distrito Federal, fechou as portas para novos pacientes. A empresa Intensicare, que administra o serviço de terapia intensiva no local, desde 2014, informou em entrevista à assessoria de Comunicação do Sindate-DF, que a suspensão ocorreu porque o governo do DF não pagou uma dívida de R$ 21 milhões com a gestora.

Ofício enviado à SES-DF, de cobrança de dívida e aviso de suspensão de atendimento das UTIs de Santa Maria
Ofício enviado à SES-DF, cobrança de dívida e suspensão de novos atendimentos

Segundo o Sócio e Diretor da Intensicare, Antônio César Teixeira, a Secretaria de Saúde, desde 2014 está devendo dinheiro para empresa e este ano deixou de realizar 4 meses de pagamento. Teixeira informou, que nesta manhã, enviou um representante à SES-DF para cobrar a dívida, que prometeu à empresa, repassar R$ 3 milhões ainda nesta semana referentes a pagamentos atrasados de outubro.

Não é a primeira vez
Segundo a apuração do blog Política Distrital, esta é a segunda vez que a empresa suspende os atendimentos à novos pacientes na UTI do Hospital Regional de Santa Maria. Em dezembro de 2015 a Intensicare fechou as portas alegando que a dívida impossibilita a manutenção regular das escalas médicas destas unidades, colocando em risco a qualidade do atendimento aos pacientes internados.

Se não paga uma como pagará as outras?
Já é de conhecimento público que o GDF tem um histórico complicado em pagar contas e tem se mostrado eficaz em acumular dívidas. Se apenas um contrato com OSs chega a custar 200 milhões, como o senhor Rodrigo Rollemberg espera contratar Organizações Sociais para a atenção primária, se não consegue quitar a dívida com uma sequer? “Empresário não quer saber, se não tem pagamento, ele suspende o serviço. Imagine como será o DF, cheio de Organização Social, com os pagamentos atrasados e você, trabalhador que paga seus impostos em dia, será o maior prejudicado, vocês querem isso? Nós não queremos” afirma Jorge Vianna, vice-presidente do Sindate-DF.

Por Ana Comarú