“Se continuar do jeito que está mães e crianças podem morrer”
Na tarde desta quarta-feira (06) a direção do Sindate fez a mediação da reunião entre os trabalhadores e a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES/DF), Dra Eliene Berg, que a convite do Sindate compareceu ao Centro Obstétrico do Hospital Regional de Ceilândia para conversar com os trabalhadores sobre as atuais condições de trabalho do setor.
Em outra ocasião, as servidoras já haviam relatado o problema ao sindicato, colocaram em ata a situação em que se encontra o Centro Obstétrico, encaminharam à SES/DF e pediram a presença do representante da Secretaria de Saúde, veja aqui.
Além da falta de técnicos e enfermeiros para ajudar no atendimento, os recém-nascidos (RNs) estão ficando em locais insalubres, sem cobertores e sem acompanhamento de pediatras. Segundo a técnica Delaine Campos, as mães saem da sala de parto e ficam sem monitores.
“Nós temos que ficar de olho nas mães e nos RNs e perceber que algo está errado e fazer medicação no olhômetro para essas crianças, quando percebemos que há algo errado com o bebê damos o nosso jeito para socorrê-lo. Estamos colocando em risco não só o nosso Coren, mas as vidas dessas mães e desses RNs” declara a técnica.
Para o presidente do Sindate João Cardoso, esse problema já deveria ter sido resolvido há muito tempo pela gestão antes que os profissionais se revoltassem com a situação. “Enquanto os técnicos estão exercendo a função de pediatra, aplicando medicação nas crianças e está dando tudo certo, está tudo bem para o governo, na hora que der algum problema, o profissional que será prejudicado. Vocês que estão na gestão dentro dos hospitais, tem o dever de informar a gestão central”, expõe Cardoso.
Resposta da SES
A secretária agradeceu os trabalhadores por terem levado essa questão à secretária e de imediato já deu algumas pequenas soluções ao problema e se comprometeu em acompanhar de perto o andamento da situação.
Pediatra
A secretária Dra Eliene Berg se comprometeu em lotar um pediatra para ajudar o Centro Obstétrico, uma vez que várias reclamações eram por falta de médico no setor.
Roupas
A assessoria da secretária confirmou que já havia sido compradas roupas de cama, cobertores e camisolas para as pacientes e que a entrega havia atrasado, mas também já foi providenciado.
Monitores e leitos
Dra Eliene Berg pediu à administração interna do hospital que consertassem as camas quebradas e resolvessem a questão da segurança dos profissionais do C.O. Demandas mais simples foram resolvidas e demais serão acompanhadas pela direção da regional, principalmente com relação à falta de respeito com os profissionais de enfermagem.
Uma próxima reunião já ficou agendada para que a secretária possa dar solução aos demais problemas.
Por Ana Comarú e Evely Leão