Na tarde desta sexta-feira (12) vice-presidente do Sindate, Jorge Vianna acompanhado da diretora Isa Araújo participaram de uma reunião no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) a convite da Deputada Federal Érika Kokay (PT) para impedir a implantação das Organizações Sociais (OSS).

Estiveram presentes na reunião, além do Sindate e da deputada Érika Kokay, representantes de entidades sindicais, a procuradora geral do Ministério Público de Contas do DF, Claudia Fernanda e a promotora de justiça do 2º Prosus, Marisa Izar.

A deputada Érika Kokay iniciou sua fala pautando a procuradora e a promotora sobre o motivo da convocação da reunião. Pediu uma intervenção do TCDF para impedir a admissão das OSS no Distrito Federal. Segundo a deputada federal, não estão investindo na saúde porque a perspectiva é que isso venha ser terceirizado.

13/02/2016

Outros representantes também expuseram suas opiniões e as justificaram, na ocasião, o vice-presidente do Sindate-DF, Jorge Vianna, falou da visita que o Sindate realizou nos hospitais Goiás, e explicou como o atendimento de um dos maiores hospitais conhecido como Hugo – Hospital de Urgência de Goiás, funciona.

“Em Goiânia existem os hospitais do Estado que são geridos pelas organizações sociais, Mas o Estado canaliza os pacientes para serem atendidos nos Cais – Centro de Atenção Integrada à Saúde, como se fossem umas Upas – Unidades de Pronto atendimento. Mas, não é bem uma UPA é um Centro de Saúde melhorado”, explica.

De acordo com Vianna, o governo escoa os pacientes para serem atendidos primeiro nos Cais e somente após o atendimento do médico do Cais é que ele pode ou não ser encaminhado para um hospital como o Hugo, por exemplo. Dessa forma, os hospitais que são administrados por OSS só querem pacientes que dão lucro para a empresa que os administra.

A promotora de justiça do 2º Prosus, Marisa Izar explicou que desde 2013 o MPDFT e o MPC expediram recomendações que culminaram em uma ação civil pública e uma de improbidade em relação aos contratos temporários. Marisa lembrou ainda que na ação civil pública houve o pedido a paralisação dos contratos temporários e a substituição por concursados, além de pressionar para que houvesse a realização de concurso.

Jorge Vianna aproveitou a oportunidade para falar da audiência pública sobre Organizações Sociais que está marcada para o dia 14 de março, e será realizada na Câmara Legislativa do DF a pedido do presidente da comissão permanente que trata de assuntos ligados à educação, saúde e cultura, o deputado professor Reginaldo Veras (PDT).

Outros assuntos também foram temas da reunião, como o sucateamento das viaturas do Samu, a terceirização das lavanderias dos hospitais, o não pagamento da insalubridade, assim como a nomeação de concursados.

13/02/2016