Mais uma vez a categoria atendeu ao chamado do Sindate e compareceu em grande número para Assembleia Geral realizada na manhã desta quinta-feira (15) em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
O objetivo de o sindicato ter convocado à categoria para assembleia, foi por ter sido notificado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) quanto à ilegalidade da greve, na manhã da quarta-feira (14). Entretanto, a direção do Sindate garante que cumpriu com todos os ritos da greve e que irá recorrer.
A assembleia foi marcada para o sindicato decidir juntamente com a categoria se os profissionais iriam ou não continuar em greve. E por unanimidade a categoria aprovou a continuação da greve por tempo indeterminado. “Não é porque o judiciário entendeu, no primeiro momento que a greve era ilegal que nós vamos recuar, até mesmo porque a categoria está encorajada e nós iremos continuar no movimento”, declara João Cardoso, presidente do Sindate.
O que a categoria está pedindo não é o reajuste salarial, como as demais categorias, mas a aplicabilidade das leis que já foram aprovadas como 5.008 referente à Gratificação de Atividade Técnico-Administrativa (Gata) e 5.174 referente à redução da carga horária (20 horas). Esses são os motivos pelos quais os auxiliares e técnicos em enfermagem entraram em greve.
A direção do Sindate parabeniza mais uma vez os profissionais pelo belíssimo movimento que estão fazendo. “Foi uma prova de coragem, a categoria está de parabéns. Esse foi, sem dúvida, o maior movimento de todos os tempos, a categoria ficou mais irritada com a postura do governo ao decretar a greve como ilegal”, afirma o vice-presidente do Sindate Jorge Vianna.
Ainda segundo Vianna, a intenção do sindicato de levar os técnicos para frente da CLDF foi para pedir o apoio da Câmara, para que os deputados ajudem os servidores e não aprovem nenhum projeto que venha do Buriti, enquanto o governo não chame os sindicatos para negociar. E muitos deputados se mostraram sensíveis aos servidores, saíram dos seus gabinetes e subiram no carro de som para apoiar as reivindicações.
Após os encaminhamentos feitos na Assembleia Geral, os profissionais caminharam até o Palácio do Buriti para dizer ao governador que a categoria não está com medo e que a greve vai continuar. O Sindate informa que amanhã tem Ato Unificado em Defesa do Serviço Público do Distrito Federal em frente à Catedral Metropolitana de Brasília, às 10h.
Por Evely Leão