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Na tarde da quarta-feira (13/12) a direção do Sindate retornou à Unidade Mista de São Sebastião, a convite do Conselho Regional de Saúde de São Sebastião, para participar da reunião na qual os profissionais pediram treinamento, equipamentos e medicamentos para prestarem um atendimento decente no Programa Saúde da Família.

Na ocasião, os conselheiros se apresentaram e colocaram os pontos da reunião em discussão. Os trabalhadores que aderiram ao Estratégia Saúde da Família disseram que entendem a importância do programa e que querem ficar, no entanto, reclamaram da falta de treinamento e de estruturas ao qual estão submetidos.

Usuários reclamaram que nas suas regiões as equipes ainda não passaram e questionaram às gestoras presentes quando iriam iniciar as visitas. Outra usuária questionou ainda a peregrinação que está fazendo atrás de um laudo médico para seu filho deficiente.

“Eu gostaria de saber como faço para conseguir o laudo do médico para que eu consiga renovar a carteira de passe livre do meu filho, o prazo para renovação que o GDF deu vence agora no dia 15, e até agora ainda não consegui. Aonde eu vou dizem que não é lá, quero saber de vocês como faço para conseguir”, reclamou a usuária.

Em sua fala, o vice-presidente do Sindate, Jorge Vianna, explicou que muitos trabalhadores vieram até ele se queixando da falta de medicamento para atender nas emergências, disse que as equipes precisam estar preparadas e treinadas para qualquer adversidade, e citou o exemplo da morte da paciente na comunidade de São Francisco.

“A gente espera que esse episódio não torne a acontecer aqui em São Sebastião, foi uma fatalidade sim, mas nós enquanto profissionais precisamos estar preparados, graças a Deus que naquele momento havia uma médica na equipe, e em nenhum momento dissemos que não havia, mas as pessoas gostam de distorcer o que nós falamos e jogar a população contra a gente, mas se nós estamos preocupados e cobrando é porque também estamos pensando em vocês, e por isso precisamos nos unir para cobrar com mais intensidade, pois se vai ser esse o modelo a ser implantado, então que seja bem feito”, declarou Vianna.

O sindicalista rebateu ainda a fala da gestora Maria que afirmou que São Sebastião estava completamente coberta pelas equipes. No entanto, segundo o representante da categoria de auxiliares e técnicos em enfermagem, a cidade não está coberta. “Nós temos apenas 25 equipes aqui, e essas 25 equipes vão atender só 100 mil pessoas e eu tenho certeza que aqui em São Sebastião existem mais de 100 mil pessoas são quase 200 mil , e essas outras pessoas vão ser atendidas por quem? Ninguém falou isso aqui”, rebateu o sindicalista.  01

A reunião pedia a participação da Superintendente da Região de Saúde Leste, Dra. Fabiana Loureiro, no entanto, novamente a responsável pela região não compareceu e encaminhou apenas um memorando via e-mail justificando sua ausência.

Vianna criticou, mais uma vez, a ausência da superintendente e o descaso da mesma com os assuntos em pauta. “Não é de hoje que esperamos por uma reunião com a superintendente daqui, desde o dia 26 de setembro enviamos um ofício solicitando uma reunião com ela para tratar de assuntos como os que estão em pauta e até hoje nunca nos deram retorno”, disse Vianna.

Dado os questionamentos do Sindate e dos usuários presentes, o presidente do Conselho de Saúde junto com os conselheiros ficou de encaminhar para Gestão um documento solicitando as devidas providências no que se refere ao que foi pedido pelos servidores: treinamento, equipamentos e medicamentos, além de solicitar também mais uma ambulância para cidade.

Ascom Sindate-DF