Na manhã desta quarta-feira (29/11), uma paciente de 51 anos veio a óbito após tomar uma dose de penicilina benzatina, mais conhecida como benzetacil, na Equipe Saúde da Família (ESF) de São José, em São Sebastião.

A denúncia já havia chegado antes ao sindicato, no qual os profissionais relataram que estavam sendo obrigados a aplicar esse medicamento nos pacientes sem a presença do médico na equipe. O Sindate, na ocasião, orientou os profissionais que se recusassem a fazer a medicação, pois caso um paciente tivesse reação ao medicamento e viesse a óbito, uma vida poderia ser perdida e os profissionais poderiam ter problemas, uma vez que a ESF de São Sebastião não possui estrutura para atender emergências.

Não é a toa que o Sindate sempre questionou a forma como o modelo Estratégia Saúde da Família (ESF) está sendo implantado no DF, sem a composição de todos os membros da equipe e sem estrutura mínima, adequada para que seja realizado um atendimento digno aos pacientes.

“Ainda este mês nós estivemos na região leste e alertamos que poderiam acontecer óbitos por conta de uma assistência precária. Nós entendemos que para colocar os trabalhadores para atender, a Secretaria de Saúde deve dar o mínimo para que uma assistência digna seja prestada. É necessário que haja materiais e carrinho de paradas para essas eventualidades. Infelizmente a gente sabe que após a administração de uma medicação, o paciente pode ter um choque anafilático ou uma parada cardíaca, e morrer e foi o que aconteceu. Mas, o que mais dói, é saber que essa morte poderia ter sido evitada se a ESF oferecesse estrutura”, declara o vice-presidente do Sindate-DF, Jorge Vianna.

A direção do Sindate espera que agora as autoridades comecem a equipar as unidades de forma adequada, no que tange a composição das Equipes Saúdes da Família e a na compra de equipamentos e materiais necessários.

Ascom Sindate-DF